segunda-feira, 10 de maio de 2010

Projetar Alguém

Sempre tem um dia, algum momento, ou melhor, vários momentos, em nossas vidas em que a gente pára pra pensar o que estamos fazendo com nós mesmos, tive o meu neste fim de semana. Talvez eu ter ficado doente, sem conseguir conversar direito com ninguém foi a forma em que meu “eu” encontrou para ficar comigo mesma em paz.

Tenho notado certo descontrole emocional com situações novas em minha vida e com o medo de enfrentar estas novas situações. É incrível como as coisas funcionam quando deixamos o nosso lado emocional ultrapassar nossa razão.

Uma canção dos Engenheiros do Hawaii cai bem em meu comportamento e em meus pensamentos desta semana:

“Eu pago meus pecados por ter acreditado que só se vive uma vez” (O Preço)

Por tantas vezes temos um medo de darmos um passo diferente pensando que pode dar errado, pensando que podemos sofrer. Sou um tipo de pessoa que não desiste fácil do que quero, pode me chamar de teimosa, eu deixo. Mas também sou do tipo que prefere sair de uma situação só pra não ter que correr e encontrar migalhas no final.

Esses dias usei muitas expressões em que eu comparava o comportamento das pessoas com momentos em que já vivi e, em muitas dessas vezes, comparei uma pessoa a outra, mas só me dei conta o quanto estava errada quando alguém resolveu me comparar a outra pessoa, quando eu percebi que eu não dava a mínima a isso. Pensei comigo mesma: “perdi meu tempo procurando fazer uma pessoa seguir meu padrão ideal”.

Não existe padrão ideal para comportamentos, ou melhor, não existe nem padrão!

Existe eu, existe você, existe ele, existe ela, existe nós!

Cada um com seus comportamentos diferentes, com suas crenças diferentes, com maneiras de encarar a vida diferente. O certo ou o errado depende do que você acha certo ou errado!

Projetar o próximo é como sonhar, tu só vives isso na sua mente e mais nada.

O legal de algo dar errado na nossa vida é a possibilidade de aprendermos com nossas próprias experiências. Só que nem sempre isso é legal, tentar aprender sem ter que passar é menos dolorido.

2 comentários:

  1. Nossa! Adorei o texto, Nathaly. É bem deste jeito que ue penso também. Aprender com as novas experiências não é fácil. Mas viver na mesmice também não é legal. Evito comparar pessoas e julgá-las justamente porque não gosto de ser julgada.

    Beijão ;*

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  2. Nathaly,
    Penso que não há erro que não traga, consigo, aprendizado.
    Tentar aprender sem cair no erro é menos dolorido sim, fato. Mas será que o aprendizado é, de fato, eficaz?
    Não defendo que as pessoas saiam por aí cometendo erros em nome do aprendizado, é claro que não. Mas eu, pessoalmente, tive os maiores aprendizados da minha vida decorrentes de erros.
    Com relação a projetar os outros, mana, eu era champs nisso. Achava que as pessoas deveriam seguir o meu “padrão de qualidade”, e o que fugisse disso, não servia. Tolinha, eu, né? Achava que o mundo cabia na pontinha do meu nariz, bobinha.
    O tempo passa e a nossa visão das coisas muda mesmo, isso é fato. Esse processo é beeeem doloridinho. Virar gente madura dói, minha amiga.

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