segunda-feira, 24 de maio de 2010

Quem nunca sofreu por amor, atire a primeira pedra

Hoje aconteceu uma coisa estranha, um dos meus alunos chegou cedo e pediu para que eu conversasse com ele e eu, prontamente coloquei-me à disposição.
Ele me pediu conselhos porque a namoradinha dele havia terminado e ele estava triste que não conseguia mais agüentar aquela dor.
Ele tem apenas 16 anos, 8 anos mais novo que eu, mas ele confiou em mim para o ajudá-lo.
Conversei, falei as palavras que achava certo falar, mas eu o compreendi tanto.
Tipo, na nossa época algumas pessoas mais velhas não davam muito valor ao nosso sofrer, “ah você é nova, vai passar”, “tão nova e sofrendo por amor?”. Diga quem quiser o contrário, mas nossa adolescência é a idade mais pura de amar alguém, como amor, é onde descobrimos muitas coisas, quando todos os sentimentos entram em conflito.
Quando crianças amamos com pureza, não temos maldade no coração e nosso amor ainda não é algo de “amor amante”.
Quando adultos, procuramos amar de forma mais madura, mais racional.
Mas, quando adolescentes, amamos loucamente, com todas as forças, nos apaixonamos. Creio que seja a fase do primeiro amor.
De verdade, espero ter o ajudado com as palavras que disse, com o abraço que dei. Mas assim, como eu, você sabe que, nesse tipo de coisa, podemos falar mil coisas à pessoa, mas dificilmente será o que ela quer ouvir.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Esta noite, tive um sonho...

Por Juçara Menezes, autora do Blog Pulga Na Farinha


Ontem foi um dia deveras estressante. Chefe pedindo coisas e coisas, monografia com atrasos e muitas outras correrias. Já em casa, me dediquei a outro problema: fazer com que Tigra Fellini, do meu jogo The Sims 2, conseguisse que seus seis gatos chegassem ao topo da carreira. Que é? Jogo de PC também é cultura!
Depois deste delicado dia, fui dormir.
E então eu sonhei...

Estavam eu e Ana Bellas (que só conheço por Twitter) esperando por Nathaly Leite (que também não conheço pessoalmente) em uma praça, dessas que tem uma fonte funcionando no meio. Nathy chegou e tinha um filho, branquinho e fofo como ela. Decidimos que era hora de fazer alguma coisa e procuramos por uma piscina.
Mas não uma piscina qualquer! Era preciso procurar por entre blogs e sites diferentes, de maior agitação. Entramos primeiro no meu blog e não havia nada de interessante. Saímos correndo do Rodrigo não senhor temendo as balas e finalmente chegamos a um Clube.
Sob forte calor, as meninas resolveram dar uma volta e deixaram o guri comigo. Eu, como boa samaritana, fiquei dentro da piscina petiscando um chopps e dois pasteis, enquanto olhava as meninas passeando.
Qual não foi minha reação quando vi Nathaly ao pé do ouvido com um mocinho com corpo de Michael Jackson e chapéu de cowboy do Broke Brack Mountain! Sim, era verdade! Conheço muito bem os olhares de luxúria...
Procurando por Ana, a vi recebendo mais um Martini Rosé de um certo moreno alto bonito e sensual. Apesar das investidas do rapaz e dos sorrisos maliciosos de ambos, eu juro que ele parecia com o Tiririca...
De repente, não mais que de repente...
“Acorda Alice! Vai trabalhar!” avisou o despertador...
E fiquei sem saber se afinal a Nathaly e MJ ficaram juntos ou se a Ana ria ou morria com o anti-galã. Arfe! Preciso mesmo é ficar uma semana sem Twitter...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Guerra dos Pakaraos

Retirado do Livro: “Lendas em Nheengatu e Portuguez”, Antonio Brandão Amorim. Adaptação em Português por Nathaly Leite. Texto original aqui.

Logo depois de aparecer o mundo, subiu por este rio, da foz, uma porção de gente. Como por toda beirada já havia gente, os Pakaraos começaram guerreando contra essa gente para tomar a terra. Eles imediatamente, contam, mandaram Guerreiros tomar uma cidade da Cachoeira do Jacaré. Como havia gente nessa cidade, ela fez os Pakaraos correrem rio abaixo.

Durante uma lua, ninguém soube onde estavam os Pakaraos.

Contam que os Pakaraos, depois de correrem dessa cidade juntaram-se e o Pajé deles disse-lhes então:

- Para tomarmos este rio é bom tomarmos ainda as mulheres deles. Eu vou assoprar um pedaço de iraity cheiroso para com ele fazer fumaça para a cidade deles. Por via desta fumaça vocês hão de ver o coração das mulheres voltar-se para nós, elas nos hão de procurar imediatamente! Hoje mesmo vou fazer nossa pussanga para nós irmos para essa cidade já amanhã.

Contam que na outra manhã, os Pakaraos combinaram o modo de assinalar o caminho.

Em meio da noite eles foram para a Ilha da Cachoeira do Jacaré, e ali começaram a fazer fumaça para essa cidade.

A gente da cidade sentira logo a fumaça, aborrecida, mandaram as imediatamente suas mulheres para o Lugar da Onça. Como só tinham ficado homens ali, no outro dia eles se preparam para tomar a Ilha da Jararaca. Antes do dia se enfaceirar, atravessaram para a Ilha, quando ali chegaram as flechas caíram em cima deles como chuva e ali morreram muitos.

Como eles viram que essa gente poderiam fazer fumaça para ninguém enxergar, subiram o rio e foram esperá-los na Ilha do Fogo. Os Pakaraos pintaram logo nas pedras seu sinal para que sua gente pudesse ver, depois subiram o rio e foram para a Ilha do Fogo atrás daquela gente.

Os restos da gente dos Pakaraos chegaram à Ilha da Jararaca, viram logo o sinal de seus companheiros, disseram:

- Vigiem como somos valentes! Aqui estão sinais de nossa gente, eles estão mostrando que devemos subir em seu seguimento cinco enseadas! Tudo é bonito, nós somos valentes!

No outro dia, contam, os Pakaraos subiram o rio e fizeram logo fumaça para a Ilha do Fogo. Essa gente que estava lá partiu imediatamente para a Enseada da Onça, os Pakaraos seguiram atrás, deixando sinais na ilha.

Assim contam, essas gentes foram subindo o rio, para onde se sumiram.


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Significados

Iraity: Cera de abelha
Pussunga:
Remedio caseiro, feito principalmente na regiao amazônica

Lendas de Segunda


Ontem estava eu vasculhando meus livros a procura de um livro de UML, porém me deparei com outro que fez cessar minhas buscas.
Encontrei um livro de lendas: “Lendas em Nheegatu e Portuguez”, de autoria de Antonio Brandão Amorim. Reproduzida pela Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, em 1926, Rio de Janeiro, foi escolhida para compor o volume 6 da coleção “Hiléia Amazônica”, publicado em 1987 em Manaus pelo Fundo Editorial – ACA. E é este volume que possuo.
Não sei como este livro veio parar em minha família, mas eu já o li quando criança, aos meus 7 ou 8 anos de idade. Quando o li eu me lembro ter ficado impressionada com o “portuguez” em que foi escrito, porém maravilhada com as histórias que continham nele.
Sendo assim, tive a idéia de postar todas as segundas-feiras as lendas que constam no livro, serão publicadas na categoria “Lendas de Segunda”.
Como o livro está publicado em “portuguez” irei escanear o original e adaptar para o nosso português atual.
Não sei se terá o mesmo impacto de leitura quanto teve há mais ou menos 16 anos atrás, mas espero que vocês gostem.

Biografia de Antonio Brandão de Amorim, por Jorge Tufic.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A Hora de Escolher

Por mais idade que se tenha, por mais experiência que se passe, enquanto continuarmos vivendo passaremos por situações em que deveremos escolher por onde caminhar.
Por mais difícil que seja uma decisão ela deve ser tomada sempre pensando primeiro em você, depois nos outros. Estar bem consigo mesma (o) é muito melhor do que tentar ser o que você não é.
Sou teimosa e essa minha teimosia me prejudica muitas vezes.
Eu fico chateada quando minha consciência me encontra e me diz que eu estou errada, que eu preciso agir e eu espero pra ver se melhora e, geralmente, só piora.
Devo confiar mais no meu sexto sentido!
Devo confiar mais no que eu acredito!
Devo confiar mais na pessoa que eu sou!
Valorizar opiniões de outros é importante, mas por muitas vezes, abro mão do que é importante pra mim para continuar numa situação que não me faz bem.
Por mais que eu sofra (e sei que vou sofrer), é chegada a hora de escolher e a hora é agora.
Detesto situações que me façam agir contra meus princípios, que me levem a ter comportamentos imaturos, eu sei quem eu sou e não gosto de perder minha identidade, minha forma de pensar, minha maneira de ser, por nada e por ninguém.
Talvez isso possa parecer meio bruto de minha parte, que seja!
Mas eu só quero meu bem e sempre!
Como toda ação gera uma reação, esperemos pra ver o que acontece, mas nesta situação eu, Nathaly Leite, não aceito mais ficar!

“Eu sou a luz das estrelas, eu sou a cor do luar, eu sou as coisas da vida, eu sou o medo de amar, eu sou o medo do fraco, a força da imaginação, o blefe do jogador, eu sou, eu fui, eu vou. Eu sou o seu sacrifício, a placa de contra mão, o sangue do olhar no vampiro e as juras de maldição. Eu sou a vela que acende, eu sou a luz que se apaga, eu sou a beira do abismo, eu sou o tudo e o nada.” Gita, Raul Seixas

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Projetar Alguém

Sempre tem um dia, algum momento, ou melhor, vários momentos, em nossas vidas em que a gente pára pra pensar o que estamos fazendo com nós mesmos, tive o meu neste fim de semana. Talvez eu ter ficado doente, sem conseguir conversar direito com ninguém foi a forma em que meu “eu” encontrou para ficar comigo mesma em paz.

Tenho notado certo descontrole emocional com situações novas em minha vida e com o medo de enfrentar estas novas situações. É incrível como as coisas funcionam quando deixamos o nosso lado emocional ultrapassar nossa razão.

Uma canção dos Engenheiros do Hawaii cai bem em meu comportamento e em meus pensamentos desta semana:

“Eu pago meus pecados por ter acreditado que só se vive uma vez” (O Preço)

Por tantas vezes temos um medo de darmos um passo diferente pensando que pode dar errado, pensando que podemos sofrer. Sou um tipo de pessoa que não desiste fácil do que quero, pode me chamar de teimosa, eu deixo. Mas também sou do tipo que prefere sair de uma situação só pra não ter que correr e encontrar migalhas no final.

Esses dias usei muitas expressões em que eu comparava o comportamento das pessoas com momentos em que já vivi e, em muitas dessas vezes, comparei uma pessoa a outra, mas só me dei conta o quanto estava errada quando alguém resolveu me comparar a outra pessoa, quando eu percebi que eu não dava a mínima a isso. Pensei comigo mesma: “perdi meu tempo procurando fazer uma pessoa seguir meu padrão ideal”.

Não existe padrão ideal para comportamentos, ou melhor, não existe nem padrão!

Existe eu, existe você, existe ele, existe ela, existe nós!

Cada um com seus comportamentos diferentes, com suas crenças diferentes, com maneiras de encarar a vida diferente. O certo ou o errado depende do que você acha certo ou errado!

Projetar o próximo é como sonhar, tu só vives isso na sua mente e mais nada.

O legal de algo dar errado na nossa vida é a possibilidade de aprendermos com nossas próprias experiências. Só que nem sempre isso é legal, tentar aprender sem ter que passar é menos dolorido.