terça-feira, 12 de abril de 2011

Meu Brasil de Hoje em Dia

Com o decorrer do tempo vi acontecer em minha vida o que amigos mais velhos, parentes mais velhos, desconhecidos mais velhos me falavam. Quando vamos envelhecedendo, adquirindo experiências, nossa forma de ver o mundo sai daquela idéia utópica de um “novo mundo” para se ajustar para o real mundo.

Lembro que, quando criança, pegava aquelas revistas de arquitetura, jardinagem, de casas bonitas e eu falava que eu iria ser fácil ter uma casa daquelas, que fosse eu querer e pronto. Quando fui vendo como é a realidade, que tinha que estudar, trabalhar para ter tudo isso, meus sonhos foram se ajustando à realidade. Eu tenho ambições ainda, mas deixou de ser algo surreal.

Enfim, meu post não tem nada a ver com arquitetura, infância e afins, só citei para me fazer entender.

Uma vez comentei em meu twitter sobre minha redação de primário, ginásio, ensino médio. Quando o assunto era emprego, educação, transporte, violência infantil, eu usava muito o termo “O Brasil de hoje em dia...”.
Deu-me um aperto no coração porque, apesar de inovações tecnológicas, o “meu” Brasil continua sendo o mesmo que naquela época foi de “hoje em dia”. Não sei se as pessoas estão lutando errado, se eu estou lutando errado. Se a colaboração com o país está sendo formada somente por ideologias, opiniões. Vejo tanta gente querendo que o país mude e ao mesmo tempo vejo as mesmas pessoas não mudarem, se acomodarem.

Sei que nossos governantes têm uma grande responsabilidade no setor social, educacional, mas vemos poucos agirem de forma eficaz. Enquanto isso vejo pessoas que se acomodam no que eles podem oferecer, se for enxergar, na real, está cada um por si e pronto.

Cansa ver pessoas cobrando dos políticos programas “mesquinhos” ou que contribuem para a pobreza. Acho que bolsas que oferecem dinheiro para pessoas mais carentes são viáveis, porém me parecem que estes programas são somente “jogados” e não oferecidos à sociedade, seria bom uma fiscalização efetiva (não citarei a “mais efetiva” porque a meu ver, fiscalização não existe).

É certo lutarmos para que nossos políticos sejam verdadeiramente políticos. Eu só não acho certo fazer “alarde” para “se aparecer” como “movimentador”. As atitudes do nosso dia precisam fazer jus ao que defendemos.

Eu acredito na política, mas não acredito em alguns políticos do Brasil. Antes (quando criança) achava que “o sistema” não interferia tanto na minha vida, hoje eu vejo a importância que eles possuem em minha vida, nem que seja para atrapalhá-la. Sei que posso dar minha contribuição para o mundo me profissionalizando, me aperfeiçoando, mas também sei que se o governo fosse governo de verdade, ele traria contribuições para tal, sem precisarmos recorrer a órgãos privados.

2 comentários:

  1. é cada vez mais triste saber que o nosso Brasil é o País do futuro, mas que nunca chega! Particularmente, odeio as tais bolsas porque vejo o que acontece com quem as tem: passam o dia fazendo absolutamente nada, ou enchendo a cara com o dinheiro. Sei porque meus vizinhos são assim, quem me dera que estivesse exagerando!!
    ótimo texto, mana, beijos!

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  2. Ótimo texto, como disse o Pulga, antes de mais nada!

    Também sei que o mundo está mudando, sempre, apesar de ser uma mudança devagar. Meu pai, que tem mais de 60, não gosta de dizer que antigamente que era bom, porque ele percebe inovações que vem de gente como a gente, não de políticos, e que melhoram a vida de todo mundo.

    Ele me disse uma vez "antigamente que era bom, será mesmo?"

    É devagar, mas tá tudo melhorando sim.

    Tende fé, minha amiga. Gente como a gente tem de continuar sendo gente!

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